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Metal Global

Um programa de metal na RTP Play e um blog com as últimas notícias de bandas nacionais e internacionais.

SABATON + ACCEPT + TWILIGHT FORCE - Live in Dublin

Sabaton + Accept + Twilight Force

17.01.10 – Vicar St, Dublin, Irlanda

 

A digressão dos Sabaton com Accept e Twilight Force já rola pelas estradas da europa. A LOUD! foi a Dublin assistir ao concerto para termos ideia do que os fãs portugueses podem esperar no dia 20 de Janeiro, no Coliseu do Porto.

Às 7 da noite em ponto, os suecos Twilight Force sobem a palco, vestidos a rigor com as suas roupas medievais e até orelhas de elfo havia! A banda concentrou a meia-hora que esteve em palco no mais recente trabalho, «Heroes Of Mighty Magic», e os primeiros quatro temas foram desse disco.

A curiosidade era perceber que a banda consegue reproduzir ao vivo o que fazem disco, e a resposta é positiva. Com quatro dos seis elementos da banda a fazerem os coros, a mestria com que Lynd trata a guitarra e a voz de Chrileon a acertar todas as notas, fazem do concerto da banda uma boa exeriência e os fãs não ficar desiludidos!

 

Setlist Twilight Force

Battle of Arcane Might

To The Stars

Riders of the Dawn

Flight of the Sapphire Dragon

Gates of Glory

The Power of the Ancient Force

 

TwilightForce1.JPG

Seguiram-se os lendários Accept, e se os Sabaton têm um tanque em palco, o panzer alemão preparou o terreno e arrasou!! Um alinhamento de luxo, onde está incluído a “surpresa” «London Leatherboys». Os temas mais recentes encaixam-se na perfeição com os antigos, fazendo dos temas novos também clássicos, de alguma forma.

As atenções centram-se em Wolf Hoffmann e a precisão com que vai debitando todas as notas e melodias que nos foi habituando ao longo dos anos. O vocalista Mark Tornillo também nos tem habituado a excelentes prestações e, pode ser uma heresia o que vou dizer a seguir, mas não tenho saudades de Udo Dirkschneider. A secção rítmica está bem entregue a Peter Baltes – companheiro de luta de Wolf desde o inicio – e ao baterista Christopher Williams. O guitarrista Uwe Lulis, completa a banda, permanecendo discreto mas bastante eficaz.

Foram 60 minutos quase sem paragens, e que deixaram uma missão bastante complicada para os Sabaton tentarem superar.

 

Setlist Accept

Stampede

Stalingrad

Restless and Wild

London Leatherboys

Final Journey

Princess of the Dawn

Fast as a Shark

Metal Heart

Teutonic Terror

Balls to the Wall

 

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 Para quem nunca viu os Sabaton ao vivo e não faça ideia do que esperar, a resposta pode-se resumir a uma palavra: Divertimento.

Assistir a um concerto dos suecos é uma festa autêntica. A boa disposição de todos os elementos é uma constante durante todo o concerto, sem nunca menosprezar a música! Às vezes pode-se cair no erro de se focar demasiado nas piadas e menos na música mas, felizmente, não é o caso dos Sabaton.

As hostilidades abriram ao som de «Ghost Division» e a partir deste momento não houve um único momento onde o público tivesse ficado quieto, nem mesmo na versão acústica de «Final Solution» que acalmou os ânimos um pouco mas foram rapidamente respostos com «Resist and Bite». O tema «Swedish Pagans», é já obrigatório de uma maneira ou de outra. Se a banda não tem no alinhamento, o público faz questão de cantar a melodia e a partir dai não há outra hipótese.

Do mais recente trabalho de estúdio e que serve de mote à digressão, «The Last Stand», não faltaram temas como «Winged Hussars», «Blood of Bannockburn» e «Shiroyama».

A terminar em grande, «To Hell and Back», com todo o público a saltar e a cantar.

No final, talvez por os Sabaton terem tocado naquela mesma sala há 10 meses, as opiniões eram unânimes que os Accept tinham sido os grandes vencedores da noite, no entanto, os Sabaton não deixaram o crédito por mãos alheias, e conseguiram agarrar os fãs de principio ao fim.

  

Setlist Sabaton

Ghost Division

Sparta

Blood of Bannockburn

Swedish Pagans

Carolus Rex

The Last Stand

Far From The Fame

Winged Hussars

Final Solution (acustico)

Resist and Bite

Night Witches

The Lion From the North

The Lost Battalion

Union (Slopes of St. Benedict)

Primo Victoria

Shiroyama

To Hell and Back

 

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Sabaton4.jpg 

Kamelot - "Silverthorn" album review

Kamelot - Silverthorn

 

Kamelot 

"Silverthorn"

(Steamhammer/ SPV)

 

Não é algo que aconteça com regularidade, mas desta vez resolvi escrever uma critica ao álbum “Silverthorn” dos Kamelot.

Sendo um “fanático” de Roy Khan, foi com alguma apreensão e curiosidade que  fiquei à espera do anúncio de quem seria o novo vocalista da banda. Quando finalmente foi divulgado o nome de Tommy Karevik fiquei um pouco mais tranquilo, aguardando a oportunidade para ouvir o novo disco, rapidamente percebi que os meus receios eram infundados.

Não só Tommy provou ser um excelente vocalista, como mostrou que é o homem certo para os Kamelot.

Em relação ao disco, “Silverthorn” recaptura algo que faltava nos últimos discos de Kamelot – principalmente no “The Great Pandemonium” – que é a melodia e emoção. E, neste aspeto, o mérito pertence a Tommy que parece ter encontrado as melodias que há muito andavam perdidas na banda.

Sendo um disco conceptual, todas as músicas estão interligadas de forma a não quebrar o ritmo do disco.

Falando das músicas que mais se destacam no disco, todos os temas são bons mas há, obviamente, canções que se vão tornar obrigatórias no set list dos Kamelot. Uma das escolhas óbvias é o tema “Sacrimony (Angel of Afterlife)” – curiosamente o último tema a ser escrito para o disco – que é o primeiro single desta novidade, e um tema “clássico” dos Kamelot. Outro destaque vai para a balada “Song For Jolee”. Que canção!! Uma daquelas baladas que vai perdurar no tempo e certamente um dos melhores temas da carreira da banda. A emoção de Tommy Karevik neste tema pode ser comparada com a de um Freddy Mercury.

Outros destaques vão para o tema “Torn” – aqui o Tommy a trazer uma melodia vocal dos tempos dos Seventh Wonder. “Falling Like the Fahrenheit” e “Prodigal Son” – este tema, dividido em três partes – que tem um inicio absolutamente épico e inesperado, no bom sentido, numa banda como Kamelot.

Resumindo, “Silverthorn” é muito possivelmente o melhor álbum da carreira da banda liderada por Thomas Youngblood e uma estreia certeira para Tommy Karevik que esperemos que continue na banda durante muitos anos.  

 

(10/10)

 

English:

 

I normally don’t do album reviews but “Silverthorn” is worth the work of doing one.

Being a Roy Khan “fanatic” was with great apprehension and expectation that I waited the news of who would be Kamelot’s new singer. Finally the new singer was announced in the person of Tommy Karevik, and I was a bit more relieved but needed to hear the new record and as soon as I heard “Silverthorn” my fears were unfounded.

Not only Tommy is a great singer as he proves to be the perfect fit for Kamelot.

“Silverthorn” brings back something that was missing in Kamelot for some time – mainly in the “The Great Pandemonium” - which was melodies and emotion. And, when it comes to this specific matter, thumbs up for Tommy for bringing back the long lost melodies of Kamelot.

Being a conceptual record, all songs are linked in a way that the album doesn’t loose any rhythm.

The highlights of the record… well all songs are great, but obviously, there are songs that will be part of the band’s set list in the future. One of the obvious choices is the first single “Sacrimony (The Angel of the Afterlife)” a song that has written “Kamelot Classic” all over. Another mention has to be for the ballad “Song For Jolee”. What a song!! It’s one of those ballads that will stand the test of time and certainly one of best songs ever from Kamelot. Tommy Karevik singing emotion on this song can only be compared to one Freddy Mercury.

Other songs that will caught your attention: “Thorn”- on this one, Tommy brings some vocal melodies from his times in Seventh Wonder. “Falling Like The Fahrenheit” e “Prodigal Son” – this song, is divided in three pieces – which has such an epic and unexpected beginning, in a good way, from a band like Kamelot.

Bottom line, “Silverthorn” might as well be Kamelot’s finest record to date and you couldn’t ask more from Tommy Karevik debut, whom we all hope will remain in the band for many and long years.

 

(10/10)